Fazia diferença, quando o álbum existia nas duas versões – vinil e K-7.
Era só a questão de ter o tape portátil, o tape no carro, ou até mesmo o walkman – a vida com fitas nos permitiu a mobilidade em termos de som.
Na casa da minha avó, a sala de músicas tinha piso de tábua de madeira – quando os tios colocavam o disco para ouvir – nós, crianças tínhamos que ficar sentados ouvindo — pois andar sobre aquele piso – podia fazer a vitrola “pular”.
Com o K7 isso obviamente não acontecia, porém o som não era o dos mais puros.
Às vezes, era melhor ter o disco original e gravá-lo em uma fita virgem – do que comprar a fita original da gravadora.
Com o tempo, os tapes foram ganhando mais e mais espaço em nossas vidas – devido praticidade e de novo, a mobilidade.
Tocadores de fitas viravam duplo deck, facilitando a cópia de fita-pra-fita. E assim, foram anos de produção de playlists próprios.
Fitas virgens das mais variadas marcas e tempo de duração – fazia nossa coleção.
Nossas prateleiras tinham-nas armazenadas em ordem de gravação, numeradas, com as músicas descritas nas etiquetas a lápis – caso houvesse regravação. Quando a música era muito boa, mas muito boa mesmo – era gravada 2x na sequência, para ouvir repetidamente – sem precisar voltar.
O cheiro da fita, o barulho da fita rebominando, o problema que ela dava ao enroscar. Únicos.
VideoHits foi a minha primeira – aos 6-7 anos.
Verdadeiros, putzhits.