SINÔNIMO DE EXPRESSÃO MODERNA, A RENOMADA GALERIA , RESOLVE DAR UMA VOLTA EM SÃO PAULO.
Depois que fui morar em Alto de Pinheiros, 1987, é que passei a conhecer o bairro da Vila Madalena. Naquela época ainda genuinamente roots.
Acompanhei de perto o desenvolvimento da vizinhança, que saiu de um amontoado de funileiros, autoelétricos e artesãos, para um dos endereços mais efervescentes de São Paulo.
Além do tradicionalíssimo roteiro etílico-gastronômico Filial, São Cristóvão, Astor e outros, aterrizaram por lá prédios da IdeaZarvos, o ateliê de Carlos Motta e, mais recentemente, a Urban Arts.
Exatamente no local onde era um mecânico, onde eu levava o meu Uno para consertar, em 2004 surgiu uma das mecas do bairro – a galeria Choque Cultural.
Comandada por Baixo Ribeiro, a quem tive o prazer de conhecer só mais recentemente, a galeria é um centro de revelação de artistas e uma das referências em arte urbana no mundo.
Desde 04 de Abril a Choque está com uma exposição temporária no estúdio de um de seus apadrinhados – Alexandre Jordão.
O galpão tem um ar moderno que mistura conteiners com ringue de box e obras de arte.
As obras em neon do Alexandre roubam um pouco a cena, no bom sentido. Não há como não chamar a atenção, aquele monte de luz acompanhado do zumbido dos reatores.
Para aqueles mais tradicionais, que preferem telas ou esculturas também encontrarão obras de Daniel Melin, Tec, Matias Picon, Narcélio Grud e Mariana Martins.
A exposição vai até dia 15 de Abril, portanto ainda há tempo. O galpão fica na rua Comendador Miguel Calfat, 213. Reserve um sábado de tarde, ali tem boas opções para almoçar e, depois, vá bater perna por lá porque vale.