QUEM TOMARÁ AS DECISÕES?
Uma das etapas mais importantes e menos previsíveis dentro de um processo de M&A é a de integração das pessoas. Independente de ser um caso de fusão ou aquisição, prever como exatamente as duas operações irão funcionar em conjunto no dia-dia, é relativamente difícil de assegurar. Isso não quer dizer no entanto, que não haja formas de se planejar e de amenizar e/ou de se precaver em relação aos desgastes.
O próprio tom das negociações já podem sinalizar a conduta da integração. Tempos atrás as negociações eram vistas como competições – “a lei do mais forte e mais poderoso”. Esperas infindáveis para iniciar uma reunião, desligar o ar condicionado da sala, privar times de usar banheiro ou beber água e até pedidos de revisão de última hora. Todos esses artifícios já foram largamente utilizados como técnicas de negociação para cansar os supostos antagonistas. Hoje em dia no entanto, visto o pouco resultado produzido com essas técnicas, o mundo das negociações ficou mais voltado para a velocidade e qualidade do deal. No lugar da Competição, o foco é o da Cooperação. Passam a ser premissas de ambos os lados, entender o que o lado oposto está precisando resolver e querendo melhorar. Essa postura logo de início, portanto, já contribui para o processo futuro de integração. Dessa maneira inclusive abrem-se diversas outras possibilidades para uma solução de sucesso. Basta ter um bom nível de confiança, transparência e consistência.
No link abaixo o professor da universidade de Yale School of Management, Barry Nalebuff, dá exemplos simples e dicas de negociações cooperativas.

Já no processo de integração, alguns pequenos detalhes ajudam também a construir um cenário mais confortável. Nos processos conduzidos por James Harris – Principal, Corporate Development Integration do Google – ele utiliza dois termos que são mais amigáveis. Aos invés de se referir as diferentes equipe como “Compradores” e “Comprados”, ele se refere aos times como “Host team” ou time hospedeiro/abrigador e “Inbound team” ou time entrante. Ou seja, não tem um time em posição hierárquica superior ou outro. Ambos são igualmente importantes.
Não é incomum ainda vermos operações de M&A que são planejadas prioritariamente a partir do crescimento de receita, ou da incorporação da tecnologia em diante. O ponto no entanto, é que se as equipes não forem bem integradas, existe uma chance grande de que a operação resultante, não produza a receita de antes. Dessa maneira, Kison Patel, fundador da DealRoom resume e compara os deals tradicionais, com os modelo mais atuais e modernos.


A comunicação tem um papel fundamental nesse contexto de integração. O clash cultural precisa de atenção para que não se torne um obstáculo. Ouvir é tão importante quanto falar. Treinamentos e fusão de práticas de ambos os times, são pontos que podem ajudar bastante no processo.
Garanta uma boa de integração e, portanto, o sucesso do seu M&A.
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