No último dia 29 de setembro o U2 estreou a mais high tech salas de espetáculo do planeta – A ESFERA – um misto de planetário com O2 Arena.
Uma das mais antigas e aclamadas bandas da história e donos de uma discografia única, o U2 é dos poucos que ainda consegue tocar com a sua formação completa. Eles construíram uma história que vai do rock ao pop, com grande personalidade. Lançaram álbuns legendários e inúmeros hits. Atrás deles, formou-se uma legião de fãs que os perseguiram pelo mundo. Bono e The Edge sempre gostaram de uma pegada tecnológica – fosse nos efeitos e reverberações da guitarra, nos video clipes e/ou na estrutura de telões e luzes das apresentações ao vivo. Com essas credenciais, fica difícil imaginar outra alternativa que encaixasse tão bem nessa estreia. O baterista Larry no entanto, responsável pela formação da banda, não pode tocar pois estava machucado. Ele foi substituído.
A Esfera – The Sphere – converge tudo o que de mais avançado a tecnologia pode oferecer em termos de experiência sensorial em um único lugar.
Além da tela de 15 mil metros quadrados, controle de umidade, temperatura e inclusive oferecendo recursos de aromatização, a sonorização é um outro grande destaque. A Esfera usa um sistema chamado beamforming, que basicamente controla os eixos verticais e horizontais do som que saem das caixas. Em outras palavras é como se tivesse um som com mira à laser voltado para plateia a sua frente. É algo absolutamente inovador e bastante complexo de se fazer nessa escala. Abaixo um vídeo da Holoplot que sintetiza essa explicação.
Em um artigo publicado no New York Times dia 30/09 Jon Caramanica sugere que o a Esfera não poderia estar localizada em um lugar mais perfeito – Las Vegas – ele resume: “A place where the simulacrum of glamour available to everyone ensures no one gets the real thing“, traduzindo “um lugar que reúne o simulacro de todo o glamour, mas assegura que ninguém consiga desfrutar do real”. O comentário do Jon tem um tom de sarcasmo, mas não invalida a experiência obviamente, ainda mais no caso da Esfera, onde é a ideia é exatamente converger tudo em um experiência fantástica-real-audiovisual-digital.
O U2 é conhecido, assim como todas as músicas tocadas também eram, mas nesse caso a banda foi apenas um pretexto – quase que um tema – para poder usufruir a experiência que esse novo equipamento pode oferecer. O que estava em jogo era exatamente como todas essas coisas se comportariam juntas, em um ambiente real e concreto capaz de reproduzir uma imaginação infinita. Um pouco mais de setalhes sobre o projeto e seus recurso abaixo.