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Recentemente foi anunciada a aprovação do Cade no processo de aquisição da Órama pelo BTG. Um passo formal e importante para tantos processos de fusões e aquisições entre empresas.

Essa operação fugiu um pouquinho do modelo clássico do processo de M&A, pois a aproximação entre os lados e as conversas acabaram sendo mais diretas, sem muitos interlocutores. Apesar das grandes movimentações financeiras, esse é um setor relativamente concentrado em comparação com outros. Todos praticamente se conhecem ou tem acesso fácil entre eles.

Operações de M&A são complexas e geralmente extensas. Nos maiores casos podem envolver fundos de Venture Capital, Private Equity, advogados de ambos os lados, assessorias financeiras, bancos de investimento, muita lição de casa e um número quase infindável de reuniões de trabalho. Toda essa movimentação é necessária apenas para se chegar a uma situação de assinatura de um contrato entre as partes.

Para alguns desses participantes a operação termina ai, com a assinatura. Para quem está comprando ou quem trabalhada no lado que foi vendido, porém, está apenas no começo.

Até o dia da assinatura final do contrato, quase que poderíamos dizer que a compra/venda de ativos, e/ou de entrada em uma nova sociedade e de investimento em outra empresa, e/ou mesmo da fusão de dois negócios,  é apenas uma teoria. Um plano super bem estudado é verdade, mas é o que vem a seguir quando a operação é revelada, é que vai confirmar ou não se as coisas acontecerão tal qual o planejado.

No cenário pós assinatura, sempre estão no horizonte:

1. uma reestruturação e possível otimização de departamentos e funções duplicadas,

2. processos de onboarding e integração de equipes,

3. ajustes de todo tipo de processos, contemplando o melhor dos dois mundos,

4. integração de sistemas e tecnologias operacionais, de gestão e financeiras,

isso, só para citar algumas.

Nem sempre, no entanto, houve tempo para estudar e prever todos os desdobramentos com o cuidado necessário.  De qualquer forma, o plano deve ser executado e as coisas precisam tomar forma.

Por maior que seja o alinhamento entre os lados de uma operação dessa, sempre haverá diferenças de agendas, de prioridades, de visões de como fazer e, principalmente, de cultura.

A comunicação corporativa de negócio, é portanto um instrumento chave para se atingir o melhor resultado em cada uma das etapas. Os fatos e os números sempre serão os mesmos, mas muitas vezes a ordem que são apresentados é que fazem a diferença na construção do resultado.

Nas próximas semanas, publicaremos uma série de artigos que abordarão diferentes aspectos da comunicação ao longo da jornada das operações de fusões e aquisições. Traremos experiência vivenciadas por nós a também alguns cases de mercado.

Começaremos desde o início, do momento que as empresas, através de uma assessoria financeira ou não, estão nos primeiros contatos. Passaremos por alguns detalhes de produção de documentos, proposta de valor e apresentações institucionais. Para o momento de análise do CADE citaremos alguns pontos importantes em relação a imprensa. Após a assinatura do contrato e aprovação do CADE, traremos algumas estratégias de transição de marcas, Day 1, integração de equipes e onboarding. Avançaremos pelo processo de integração de todas as linhas de negócios e concluiremos com a consolidação de uma cultura única, quando então, a empresa resultante do processo estará novamente pronta para novas operações M&A.

Fique ligado por aqui, acompanhe e comente.

 

 

 

 

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