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Há mais de 40 anos foi definido o conceito de inteligência artificial como:  “a conjectura de que todos os aspectos do aprendizado e outras características da inteligência podem em princípio ser precisamente descritas de modo que uma máquina seja capaz de simulá-las”.

Antes disso, o escritor de ficção científica Isaac Asimov havia criado suas 3 leis da robótica dizendo que “Um Robô…

… não pode ferir um ser humano”

…. deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos”, exceto se houver conflito com a primeira lei

….deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira ou segunda lei”.

Naqueles tempos, a ideia de automação ainda era uma ficção.

Para hoje, criar princípios éticos para automação é uma urgância, dado que os carros, já já, serão dominantes nas ruas.

Na Alemanha, em junho, o Ministério do Transporte e da Infraestrutura Digital publicou os princípios básicos que deverão ser aplicados por esses novos carros com motoristas artificiais  – uma vez que esses robôs precisarão tomar decisões “éticas” que terão impacto na vida e na integridade física de seres humanos.

Dessa forma, o documento alemão traz 20 princípios que deverão ser respeitados pelos carros autônomos, vejamos alguns deles:

“o propósito das modalidades autônomas de transporte é melhorar a segurança” e que “a proteção de indivíduos tem precedência sobre qualquer outra consideração utilitária”

“os sistemas devem ser programados para aceitar danos a animais ou a propriedades se isso significar a segurança de pessoas”.

“é estritamente proibido fazer distinções com base em características pessoais (idade, gênero, estado mental etc.)” sobre quem será atingido.

É também proibido por considerações utilitárias “sacrificar qualquer pessoa não envolvida na geração dos riscos de mobilidade”.

Em outras palavras, vamos precisar ensinar às máquinas coisas que nós, humanos, nem sequer sabemos enunciar precisamente, como moralidade e bom senso.

Eis então as boas-vindas à ”ética artificial”.

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